segunda-feira, 30 de julho de 2012

CAVALINHA: ORNAMENTAL E COM MUITAS QUALIDADES TERAPÊUTICAS

Esta semana chega com uma novidade: estamos com a cavalinha (Equisetum arvensis) disponível para venda!

A cavalinha é uma erva perene, que mede de 10 a 30cm de altura, que possuem grande beleza ornamental, por suas características peculiares. Fica linda em vasos dentro de casa, misturada com outras plantas em lindos arranjos.


Gosta de solos argilosos e úmidos, sendo de cultivo muito fácil. Por ser bastante invasiva, recomenda-se plantar longe ou separada de outras plantas. Os brotos verdes são utilizados no tratamento da hipertensão arterial, afecções das vias urinárias e age como diurético. É excelente contra dores de cabeça por conter ácido acetilsalicílico (o mesmo da aspirina) e oferece um chá excelente para mulheres com mais de 40 anos, pois repõe os minerais perdidos junto com os hormônios.
A cavalinha é símbolo da fertilidade feminina e em algumas tradições dizem que pode ser usada como flauta para espantar serpentes.
É rica em sílica (as cinzas de uma planta podem ter até 80% deste mineral), cálcio, ferro, magnésio, tanino, sódio e muitos outros.
Mas, atenção! A cavalinha é tóxica e, em grandes doses, pode provocar fraqueza, ataxia, perda de apetite e exaustão muscular.
Chá de cavalinha:
Ferva um punhado da erva fresca (ou meio punhado da erva seca) em 1l de água. Deixe em fogo bem baixinho, por cerca de meia hora. Esfrie com a chaleira tampada e tome 3 xícaras por dia.
Para compressas (no tratamento de ferimentos, por exemplo), use o dobro da erva.

Fontes de pesquisa:
CORRÊA, Anderson Domingues, BATISTA, Rodrigo Siqueira, QUINTAS, Luis Eduardo M. PLANTAS MEDICINAIS: DO CULTIVO À TERAPÊUTICA. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
BORNHAUSEN, Rosy L. AS ERVAS DO SÍTIO. São Paulo: Bei, 1998.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

MUDAS E VASOS: QUANDO DEVEMOS TRANSPLANTAR?

Muitas vezes as mudas de ervas são vendidas em saquinhos plásticos de cor preta, principalmente nas sementeiras e casas de plantas. Estes saquinhos são uma opção para o produtor, pois apresenta um custo baixo e facilidade de armazenamento, quando não estão sendo utilizados.
Para o consumidor, no entanto, estes saquinhos possuem a desvantagem de exigir um rápido transplante. Isso acontece porque o saquinho não oferece espaço para o crescimento da planta, aquece com grande facilidade (queimando as raízes das plantas) além de não permitir a drenagem da água, o que facilita o apodrecimento das raízes e o aparecimento de fungos.

O produtor, por sua vez, vê um bom resultado no uso dos saquinhos, pois a produção é feita em estufas ou áreas sombreadas. Assim, ao adquirir uma muda vendida nestes saquinhos, você precisa transplantá-la em poucos dias, nunca mais de uma semana; do contrário, correrá o risco de perder sua muda.
As mudas de ervas também são facilmente encontradas em vasos pequenos, como estes.
A altura destes vasos é de 5,5cm e o diâmetro da boca é de 10cm, aproximadamente. Algumas plantas apresentam um bom desenvolvimento em vasos deste tamanho, pois suas raízes não precisam de tanto espaço para se desenvolver. Apesar de poderem ter um período de vida bem maior em relação aos saquinhos plásticos, o ideal ainda é que as mudas sejam transplantadas para um vaso maior para que possam se desenvolver em sua plenitude.
No momento, nós comercializamos nestes vasos apenas os trevos de quatro folhas, por ser uma planta que apresenta um bom desenvolvimento neste tipo de vaso, apesar de se desenvolver muito bem no solo e outros vasos de boca maior, por ser uma planta rasteira.
Também comercializamos algumas ervas, como a hortelã, o manjericão de folha miúda e a cebolinha em vasos pouco maiores que estes, sempre com pedrinhas no fundo, para facilitar a drenagem da água. Mesmo assim, recomendamos o transplante pra um vaso maior assim que possível, para que a planta se desenvolva até seu tamanho máximo.
Nós preferimos usar vasos como estes abaixo, sempre com pedrinhas no fundo, pois apresentam uma melhor possibilidade de desenvolvimento da planta, além de oferecer uma maior durabilidade da mesma após adquirida pelo consumidor.
Estes vasos tem altura de 9,5cm e diâmetro de boca de 14cm, aproximadamente.
Caso você não queria fazer o transplante, também vendemos por encomenda mudas em vasos definitivos, de tamanho e material variados (cerâmica, fibra de bambu, fibra e côco, jardineiras, etc). É só nos enviar e-mail e mandaremos os valores.
Mas, não esqueça: as hortaliças, em especial, devem ser transplantadas para vasos maiores, com um mínimo de 25cm de altura.  
Em breve, postaremos aqui uma tabela com o tamanho máximo de crescimento das ervas para que você possa escolher seus vasos da forma correta. Se você tem o privilégio de poder plantar diretamente no chão, aproveite!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

VOCÊ PREFERE COENTRO OU SALSA?

Eu prefiro os dois. Assim como acho impossível escolher entre o manjericão e o orégano. Mas vira e mexe chega alguém comentando que ama um e não curte o outro.
                               
                                                                   COENTRO
                                             Foto: www.panelalume.blogspot.com


Sei que esta comparação acontece muito por conta da semelhança física entre ambos, mas tenho certeza de que podemos aproveitar bem estes dois temperos maravilhosos, cada um com suas particularidades.
A primeira questão é regional: aqui no Nordeste a preferência é o coentro, presente em boa parte dos pratos feitos no dia a dia nordestino. Já no Sul e Sudeste a preferência é pela salsa, usada também de forma bastante frequente.
Na minha modesta opinião, cada um tem sua função e combina melhor com este ou aquele prato. Para mim, sopas e pratos à base de leite de coco não tem a menor graça sem o coentro, de sabor forte e marcante. Frutos do mar e moquecas também casam muito bem com o coentro (aqui a opinião de uma nordestina ferrenha).
Já os molhos de queijo, massas e patês ficam maravilhosos com salsa bem picadinha.
SALSA

O coentro (Coriandrum sativum) tem sua origem no Mediterrâneo, enquanto a salsa (Petroselinum sativum) parece ser originária da Sardenha, embora não se tenha muita certeza desta informação.
Símbolo do amor, o coentro era usado pelos árabes como afrodisíaco e também tinha fins mágicos na Antiguidade entre egípcios, chineses e gregos.
Depois da primeira semeadura, o coentro se reproduz naturalmente e pode ser plantado junto do anis (que ajuda na germinação). Já a erva-doce deve ficar bem longe do coentro, pois impede o desenvolvimento das sementes. Deve ser semeado à meia-sombra, com intervalos regulares para que se tenha um pé sempre cheio.
A salsa, que pode ter suas folhas lisas, picotadas ou crespas, é símbolo da purificação. Gosta de sol e demora um pouco a germinar. Na hora de escolher qual plantar, vá de acordo com sua necessidade: as de folha lisa ou picotada tem sabor mais marcante; já a variedade crespa tem sabor mais suave e fica belíssima em vasos e oferece uma beleza toda especial ao jardim.
Rica em vitamina C, a salsa é boa para os rins, ajuda na digestão e também é excelente fonte de cálcio.
Vamos aproveitar o sabor dessas ervas juntas? Aí vai uma receita DELICIOSA!

Receita de MAIONESE DE ERVAS

Ingredientes:
1 gema
1 colher de chá de mostarda DIJON
Sal e pimenta do reino a gosto
1 dente de alho amassado
150ml de óleo vegetal (eu prefiro o de girassol)
1 colher de sopa de manjericão
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de estragão picado
½ colher de sopa de coentro picado
1 talo de orégano ou manjerona
1 colher de sopa de alcaparras
100ml de azeite
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto 

Coloque a gema, a mostarda e um pouco de sal numa tigela. Bata com um garfo e deixe descansar por 5 minutos.
Ponha a mistura num processador, junte o alho e pulse algumas vezes. Com o motos ligado, adicione o óleo, uma gota por vez. Conforme a mistura engrossar, adicione mais depressa.
Quando o óleo acabar, junte aos poucos metade das alcaparras e das ervas. Adicione o azeite e o vinagre. Desligue o processador.
Coloque o molho em uma tigela, acrescente a pimenta e acerte o sal. Deixe descansar por 5 minutos e acrescente as ervas e as alcaparras restantes. Aos poucos, adicione 2 colheres de sopa de água. Conserve na geladeira e consuma em 24 horas.
Esta maionese é excelente para sanduíches e como acompanhamento para aspargos, brócolis e couve-flor. 

Fontes de pesquisa:
COX, Jeff, MOINE, Marie-Pierre. ERVAS CULINÁRIAS. São Paulo: Publifolha, 2011.
BORNHAUSEN, Rosy L. AS ERVAS DO SÍTIO. São Paulo: Bei, 1998.